O que fazer quando sua conta do Instagram é hackeada
- Pulini Advocacia
- 19 de out.
- 3 min de leitura
O que fazer quando sua conta do Instagram é hackeada: guia jurídico completo
A nova forma de roubo: o golpe digital que atinge perfis, não cofres
O crime moderno não usa capuz nem arma. Usa senha e engenharia social.Em todo o Brasil, milhares de pessoas têm suas contas do Instagram invadidas por criminosos digitais. De influenciadores a pequenas empresas, o prejuízo vai muito além do psicológico — é financeiro, moral e jurídico.
Mas afinal: o que fazer quando isso acontece? E, mais importante, quem deve ser responsabilizado?
1. As causas mais comuns de invasão
Antes de agir, é preciso entender como essas invasões ocorrem.
Os métodos mais frequentes incluem:
Phishing: links falsos de supostos sorteios, verificações ou parcerias.
Aplicativos de terceiros: plataformas que prometem seguidores ou métricas.
Acesso compartilhado: fornecimento da senha a “supostos técnicos” ou “suporte” do Instagram.
Golpes de verificação azul: mensagens falsas pedindo dados de autenticação.
Em todos esses casos, há um padrão de manipulação emocional e técnica, o que reforça a necessidade de orientação jurídica imediata.
2. As primeiras medidas: tempo é tudo
Tente redefinir a senha imediatamente.
Notifique a Meta (Instagram) pelo formulário oficial de contas invadidas.
Guarde todas as provas digitais: prints de telas, e-mails, notificações e mensagens trocadas com o hacker.
Evite contato direto com o invasor — muitos exigem “resgate” para devolver o perfil.
Procure um advogado especialista em Direito Digital, que possa oficiar a Meta e acionar o Judiciário com urgência.
3. Responsabilidade da Meta (Facebook/Instagram)
Juridicamente, o Instagram tem responsabilidade objetiva, com base no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor.
Isso significa que não é necessário provar culpa, apenas o dano e o nexo entre a falha do serviço e o prejuízo.
Além disso, o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) reforça o dever das plataformas de garantir segurança, sigilo e integridade dos dados.
4. O que o Judiciário tem decidido
Os tribunais brasileiros têm evoluído de forma clara:
Indenização por danos morais: geralmente entre R$ 5 mil e R$ 15 mil;
Tutela de urgência: obrigando a Meta a restaurar o perfil em até 48 horas, sob pena de multa (astreintes);
Responsabilidade solidária: quando o golpe causa prejuízo a terceiros (ex.: vendas falsas via perfil hackeado).
5. Como o advogado especialista atua
O advogado digital utiliza provas técnicas (headers, logs, prints autenticados) e pode:
Enviar notificações extrajudiciais à Meta;
Protocolar ação judicial com pedido de tutela de urgência;
Requerer indenização por danos morais e materiais;
Representar o cliente em acordos e comunicações internacionais com o suporte do Instagram.
O segredo está na celeridade e técnica processual, principalmente ao demonstrar o nexo entre a falha de segurança e o dano.
6. Como evitar novas invasões
Prevenção é dever de todos — inclusive das plataformas.Mas o usuário pode reforçar sua segurança com medidas simples:
Ativar autenticação em dois fatores;
Evitar clicar em links desconhecidos;
Não compartilhar códigos de verificação;
Usar senhas fortes e diferentes para cada rede.
⚖️ Conclusão
A invasão de contas deixou de ser um problema técnico e se tornou um problema jurídico.Cada nova violação revela uma lacuna entre a tecnologia e o Direito — lacuna que o advogado digital é chamado a preencher.
Se sua conta foi invadida, não perca tempo.
Entre em contato com o Pulini Advocacia, escritório referência nacional em Direito Digital e responsabilidade civil de plataformas.




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