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O que fazer quando sua conta do Instagram é hackeada

O que fazer quando sua conta do Instagram é hackeada: guia jurídico completo

A nova forma de roubo: o golpe digital que atinge perfis, não cofres

O crime moderno não usa capuz nem arma. Usa senha e engenharia social.Em todo o Brasil, milhares de pessoas têm suas contas do Instagram invadidas por criminosos digitais. De influenciadores a pequenas empresas, o prejuízo vai muito além do psicológico — é financeiro, moral e jurídico.

Mas afinal: o que fazer quando isso acontece? E, mais importante, quem deve ser responsabilizado?


1. As causas mais comuns de invasão

Antes de agir, é preciso entender como essas invasões ocorrem.

Os métodos mais frequentes incluem:

  • Phishing: links falsos de supostos sorteios, verificações ou parcerias.

  • Aplicativos de terceiros: plataformas que prometem seguidores ou métricas.

  • Acesso compartilhado: fornecimento da senha a “supostos técnicos” ou “suporte” do Instagram.

  • Golpes de verificação azul: mensagens falsas pedindo dados de autenticação.

Em todos esses casos, há um padrão de manipulação emocional e técnica, o que reforça a necessidade de orientação jurídica imediata.


2. As primeiras medidas: tempo é tudo

O sucesso da recuperação depende da rapidez da reação.Ao perceber a invasão:

  1. Tente redefinir a senha imediatamente.

  2. Notifique a Meta (Instagram) pelo formulário oficial de contas invadidas.

  3. Guarde todas as provas digitais: prints de telas, e-mails, notificações e mensagens trocadas com o hacker.

  4. Evite contato direto com o invasor — muitos exigem “resgate” para devolver o perfil.

  5. Procure um advogado especialista em Direito Digital, que possa oficiar a Meta e acionar o Judiciário com urgência.


3. Responsabilidade da Meta (Facebook/Instagram)

Juridicamente, o Instagram tem responsabilidade objetiva, com base no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor.

Isso significa que não é necessário provar culpa, apenas o dano e o nexo entre a falha do serviço e o prejuízo.

Além disso, o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) reforça o dever das plataformas de garantir segurança, sigilo e integridade dos dados.


4. O que o Judiciário tem decidido

Os tribunais brasileiros têm evoluído de forma clara:

  • Indenização por danos morais: geralmente entre R$ 5 mil e R$ 15 mil;

  • Tutela de urgência: obrigando a Meta a restaurar o perfil em até 48 horas, sob pena de multa (astreintes);

  • Responsabilidade solidária: quando o golpe causa prejuízo a terceiros (ex.: vendas falsas via perfil hackeado).


5. Como o advogado especialista atua

O advogado digital utiliza provas técnicas (headers, logs, prints autenticados) e pode:

  • Enviar notificações extrajudiciais à Meta;

  • Protocolar ação judicial com pedido de tutela de urgência;

  • Requerer indenização por danos morais e materiais;

  • Representar o cliente em acordos e comunicações internacionais com o suporte do Instagram.

O segredo está na celeridade e técnica processual, principalmente ao demonstrar o nexo entre a falha de segurança e o dano.


6. Como evitar novas invasões

Prevenção é dever de todos — inclusive das plataformas.Mas o usuário pode reforçar sua segurança com medidas simples:

  • Ativar autenticação em dois fatores;

  • Evitar clicar em links desconhecidos;

  • Não compartilhar códigos de verificação;

  • Usar senhas fortes e diferentes para cada rede.


⚖️ Conclusão

A invasão de contas deixou de ser um problema técnico e se tornou um problema jurídico.Cada nova violação revela uma lacuna entre a tecnologia e o Direito — lacuna que o advogado digital é chamado a preencher.


Se sua conta foi invadida, não perca tempo.

Entre em contato com o Pulini Advocacia, escritório referência nacional em Direito Digital e responsabilidade civil de plataformas.








 
 
 

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